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Jornal Hoje -

Energia, gás e combustíveis são responsáveis por 23% da cesta básica

As famílias de baixa renda sofrem mais com o peso da energia elétrica na compra de comida. É um custo indireto, além, claro, da conta de luz em si.

Estudo da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres, a Abrace – mostra que energia, gás e combustíveis são responsáveis por 23% da cesta básica. O Jornal Hoje contou como as famílias de baixa renda são as mais impactadas.

Dona Raimunda é pensionista e mora com dois filhos adultos. A renda é a dela e só um dos filhos está trabalhando. Ela diz que a energia quase dobrou de valor e contou o que está fazendo para não faltar o básico em casa.

“Carne, verdura, legumes, é o que mais pesa no nosso bolso porque não tem como a gente comprar mais. Se comprava, eu por exemplo, comprava toda semana, 1 kg de cada coisa. Agora não. Compro meio de cada coisa”, explica dona Raimunda.

Levantamento do g1 foi realizado com a média de preços de quatro supermercados de Boa Vista — Foto: Caíque Rodrigues/g1

O estudo confirma o que dona Raimunda já detectou: no supermercado, o impacto de energia, gás, gás natural e combustíveis na carne e leite, no pão e nas bebidas.

As famílias que mais sentem o peso direto dos itens do setor de energia são as que ganham menos.

Pelo lado da produção industrial, o alto preço da energia também reduz a competitividade dos produtos. O impacto, mostrado na pesquisa, foi de 14% sobre os automóveis, e também teve efeito significativo nos setores de vestuário e eletroeletrônicos.

De modo geral, os efeitos da alta na energia e de distorções no setor elétrico brasileiro desestimulam o investimento. As empresas reduzem a geração de empregos.

Aumento no custo da energia impacta todos os setores. — Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Se as famílias têm menos renda, e a inflação cresce, o consumo cai. Todos sentem e o consumidor residencial não tem como se proteger dos aumentos das concessionárias de energia.

O presidente da Abrace diz que todas as contas relacionadas à energia dos consumidores residenciais e dos industriais, movimentam cerca de R$ 350 bilhões por ano. Pelos cálculos da associação, pelo menos, R$ 100 bilhões podiam diminuir.

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